sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Não voltamos a ser crianças, mas vontade não nos faltou!



Texto: Cleidiane Duarte
Foto: Cleidiane  Duarte e Divulgação

A proposta da atividade, desta vez, foi bem diferente e agradável: apresentamos para os jovens os curta-metragens da Pixar Animation Studios, uma das maiores empresas de animação digital do mundo.

O nome PIXAR é uma combinação da palavra “pixels” e da palavra “art”, que é a ideia da animação, produzir arte através dos pixels. A empresa teve a maioria dos filmes realizados com a colaboração da Walt Disney Pictures. A Disney foi responsável por maior parte da divulgação. Por sinal, foi bem realizada, tornando-a um dos nomes mais conhecidos na área audiovisual. 
 
Exibimos seis curta-metragens. Assistimos, analisamos e cada um fez sua escolha para desenvolver uma crítica. Realizamos a leitura dos textos, e o grupo elegeu dois, para postarmos e dividir com você esse mundo fantástico da Pixar Animation.



Crítica: Cristiano Mendes

O curta GERI'S GAME foi realizado pela Pixar, dirigido por Jim Kallett com parceria do coordenador de animação Troy Sutton. Ele retrata uma crueldade com os idosos que estão ao nosso redor. Eles precisam muito dos jovens e dos adultos para realizar atividades no seu cotidiano. O telespectador pode perceber, com clareza, que o vídeo retrata o descaso, desprezo e o preconceito com os mais velhos. Isso é notado com um idoso jogando xadrez sozinho, no parque.

Com muitas cores vivas, o vídeo desperta a curiosidade dos telespectadores no desenrolar da animação, pois é mudo. O único som que sai é uma música de fundo e o barulho da peças de xadrez ao bater no tabuleiro. Então, requer uma certa atenção para captar a mensagem que os idealizadores querem passar.

Uma dedicação a mais que os produtores do curta tiveram na montagem foi brincar com sombras e com a profundidade, muito trabalhoso para uma animação. Isso valorizou o curta.

Assista ao vídeo:



Uma cena bastante interessante em meu ponto de vista, foram os detalhes em que tiveram as peças de xadrez durante a partida. Sem deixar passar despercebido as expressões faciais que o velhinho fez durante o jogo. Sem falar também do roteiro que é excelente. Os produtores passaram a ideia que queriam por meio de ícones. Vale lembrar que é muito engraçado e divertido.

O fim é esplêndido! O velhinho que estava perdendo, usou a inteligência para dar a volta por cima, ao simular uma parada cardiorrespiratória. Nesse momento, eles viram o tabuleiro ficando com todas as peças do seu outro eu. Assim vence a partida. Leva como prêmio uma dentadura. Com ela, pode sorrir para o oponente que é ele mesmo.
Ainda passa uma moral que, para se divertir não precisa de muito, apenas de um pouco de imaginação.

Ao meu ver, é um curta muito bem produzido, montado e desenvolvido. O tema é bem sério e de extrema importância para pessoas de várias idades. Se tivesse uma votação, ganharia o meu voto como melhor curta apresentado no dia 25 de outubro.


Crítica: Beatriz Miranda

Partly Cloudy é um curta-metragem animado. Foi produzido pela Pixar, com direção de Peter Sohn e produção de Kevin Reherele. Ele vem com uma mensagem positiva de trabalho em equipe e superação de obstáculos, problemas do dia-a-dia. Ele conta a história de uma nuvem que "cria" filhotes para as cegonhas levarem para a terra. Essa nuvem é diferente das outras, pois os filhotes que ela produz são uma ameaça para o transportador cegonha, e o deixa sempre machucado. Então, a cegonha, cada vez mais depenada, desiste de levar os filhotes criados pela nuvem, fazendo com ela fique triste. Mas, no fim, a cegonha volta com uma proteção e alegra a sua parceira nuvem, que continua a fazer filhotes para a velha cegonha presentear pais ansiosos.
A animação leva os telespectadores a pensarem sobre a origem da vida e de onde vêm os bebês, acontecimentos naturais como a chuva, trovões, dentre outros. Mostra técnicas sobre tecnologia que, desde o ano 2000, já fazia toda diferença nas telinhas da televisão. O vídeo apresenta ainda uma lição de moral sobre a confiança e a amizade.
Ao meu ver, os desenhos atuais englobam uma série de fatores que podem prejudicar e até mesmo influenciar quem os assiste, como: o uso de armas, lutas, palavras de baixo calão e o poder que os filhos podem ter sobre os pais.
Os roteiros fantásticos da Pixar deveriam ser mais usados e divulgados pois alguns outros curtas como esse levam as crianças a imaginarem e a criarem. Já foi comprovado que desenhos e jogos violentos podem gerar um pensamento negativo. Essas experiências ainda tem o poder de levar as crianças a apresentarem comportamento agressivo, tanto na escola quanto em casa.
O curta me emocionou pela inteligência e o roteiro dos criadores que, além de técnicas dispensa a fala das personagens, mostra, em minutos, toda a grandeza da Pixar.
Assista ao vídeo:
 
Enfim, me tornei fã da Pixar, porque ela produz animações de qualidade com roteiros maravilhosos, que emocionam, fazem rir e refletir.
Apesar do curta ser infanto-juvenil, recomendo para todos os públicos, pois esse vídeo é capaz de emocionar até os corações mais duros. Gostaria de ressaltar o desejo que desenhos como esse fossem televisionados, pois incentivam o trabalho em equipe, lealdade e superação de desafios.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Machado de Assis, o escritor dos escritores

Texto: Hellen Silva
Fotos: Antenados e Divulgação

Depois das férias nada melhor do que voltar às atividades do Projeto com a corda toda.
Momentos de leitura, escrita e bate papo são trabalhos  comuns no dia a dia do Antenados.

Com a chegada do final do ano, as provas de concursos, vestibulares e o Enem estão cada vez mais próximas. Por isso, a proposta desencadeada pela coordenadora pedagógica Nívia Ribeiro para este momento, é a leitura coletiva de um clássico da literatura brasileira: O livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.

Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como Machado de Assis, é um importante escritor da literatura brasileira, tendo suas obras divididas em duas fases:

A primeira é baseada em seu estilo romântico tendo o amor e sentimentos amorosos como tema principal de seus livros, como é o caso do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Já na segunda, a ideia de suas obras é mais realista, destacando as necessidades, defeitos e qualidades do ser humano.
 

A obra trabalhada no Projeto, consiste nas memórias de um defunto, narrada por ele mesmo, em primeira pessoa. Brás Cubas inicia sua história em seus últimos minutos de vida. De família rica, Era um menino arteiro, mimado e protegido pelos pais. Sem nunca ter responsabilidades e culpas, passou a infância e chegou à mocidade. Foi nela que conheceu Marcela, uma espanhola, por quem se apaixonou. Conquistou-a e viveu um romance. Brás enchia-a de caros presentes e foi assim que gastou um pouco de sua herança.

Além de ser um clássico da literatura brasileira, a obra tem uma grande influência internacional, sendo uma das principais inspirações do cineasta Woody Allen. Confira no vídeo a serguir:

Em uma entrevista feita com a coordenadora Pedagógica Nívia Ribeiro, ela explica a importância dos integrantes do Antenados conhecerem obras renomadas como esta:

Ler coletivamente Machado de Assis, é uma forma de retroceder no tempo ao ter contato com uma linguagem culta, entremeada de vocábulos de um mesmo tempo, é visualizar no enredo uma crítica sutil, irônica à burguesia brasileira daquela época.
Trazer Memórias Postumas de Brás Cubas para os Antenados é mostrar que um bom texto transpõe a força inaplacável do tempo. Quem escreve bem se eterniza.Diz a coordenadora do Projeto Nívia Ribeiro.

É a primeira vez que li este livro. Eu já conhecia o autor mas não tinha ideia de como era a linguagem dos livros dele.
E por ser uma linguagem bem diferente, é muito importante porque isso vai acrescentar muito na minha bagagem cultural.” Comenta a antenada Suelen Rüdiger


A leitura coletiva deste livro está sendo muito boa. Porque contém muitas palavras diferentes, que depois poderei usar em meus textos. E com a Nívia explicando fica mais fácil de entender a história.” Afirma o antenado Jefferson Cardoso.

E para dar aumentar o entendimento da turma, nada melhor do uma sessão cinema com o filme baseado no livro.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dia do Escritor


Nesta semana, comemora-se em todo território nacional o Dia do Escritor, profissional que trabalha com a criação de textos literários e artigos científicos. A data surgiu nos anos 60, após o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores que era encabeçada pelos autores João Peregrino e Jorge Amado.
E para participar desta data tão importante para nossa cultura – já que nosso país é um celeiro de bons escritores – decidimos utilizar o pretexto para visitarmos a biblioteca da Ramacrisna e, claro, promover um momento especial para os Antenados. 
 
Com a ajuda da
bibliotecária Cleide Moura, entramos no clima da literatura com tudo! Aproveitamos o ambiente alegre e inspirador da biblioteca para criar marcadores de páginas artesanais, cheio de detalhes e cores.


Foi uma experiência muito divertida!

Gostou do nosso marcador de páginas? 
Veja o passo a passo de como fazer um:


*Papel Vergê (ou outro mais encorpado);
Obs.:Uma folha da para fazer vários marcadores.

*Corte o papel em: 6 cm X 16 cm

*Para enfeitar usamos retalhos, fitas, miçangas  


Dica: No marcador de página pode conter informações do autor ou espaço para anotações.



sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Arte de Escrever


Texto: Jeferson Cardoso de Sousa
Foto: Beatriz Cristina

Mais uma vez, o projeto Antenados nos surpreende com um de seus convidados. Nessa quarta, dia 22 de maio recebemos o escritor de Betim, Miguel Canguçu Alves. Ele falou um pouco sobre sua trajetória, inspirações e sobre a arte de escrever.







“O processo de Escrita é uma batalha com as palavras”, conta Miguel, que aos 50 anos de idade publicou seu primeiro livro intitulado “Brevidade”. 


“Não é necessário se formar em letras para escrever”. O poeta disse também que parte do que escreveu, foi feito antes de ingressar na faculdade e vários de seus poemas surgiram de acontecimentos e lembranças do passado e da infância, como o poema “Na Fossa”.





Vamos falar um pouco sobre sua obra:


O poema “Na Fossa”, por exemplo, de acordo com o escritor, conta a história de um senhor muito pobre do interior de Minas Gerais, especificamente o Vale do Mucuri, que trabalhava duro para retirar o sustento da família. Em um dia de trabalho, escavando uma fossa, o homem, ao usar de uma corda para retirar a terra de dentro do buraco, segurava uma labanca (ferramenta utilizada para cavar) abaixo de sua cabeça. Quando puxou a corda, a mesma arrebentou fazendo com que o balde, cheio de terra, despencasse sobre sua cabeça que estava acima do cabo da labanca e assim o trabalhador morreu com o crânio perfurado. O poema narra esta história de uma maneira indireta, transformando o que até então era dor em reflexão para os leitores.





Miguel disse ainda que todos podem escrever e que “Qualquer matéria serve para poesia”. Quando você escreve um poema, ele deixa de ser somente sua cena, porquê o poema é universal, pertence a todos, e toda ou qualquer interpretação que se fizer dele é verdadeira. Ao interpretar um poema, você busca identificar-se de acordo com seus sentimentos e emoções, buscando satisfazer as necessidades do espírito para se conseguir paz interior.


Em entrevista com o Poeta obtivemos algumas informações sobre sua trajetória:


Miguel, O que te motivou a escrever?


Eu escrevia e apresentava peças de teatro quando adolescente e também participei de um grupo de teatro em São Paulo. Mas o que mais me motivou a escrever foi quando entendi que quando você escreve algo tão agradável, porque não compartilhar isso com as pessoas?


De onde você retira inspiração?


De acontecimentos do dia a dia, reflexões, sentimentos. Quando enxergo algo diferente em uma cena, como uma formiguinha construindo sua vida de grão a grão, carregando nas costas seu alimento.


O que você teve que enfrentar para conseguir realizar seus sonhos com relação à escrita?


Nasci de uma família pobre, do Norte de MG (Vale do Mucuri) e tive que enfrentar muitos obstáculos para conseguir estudar. Uma típica luta pela sobrevivência.





Que mensagem você deixa para as pessoas que querem iniciar na arte da escrita?


Tenho a dizer que todos podem se aventurar na escrita. Escrever é como retirar da terra uma pepita de ouro, ela precisa ser lapidada. Não existe um bom escritor que não seja um bom leitor. Quer ser escritor, então se acostume a ler.







O processo de produção de seu novo livro:”Façanhas Em Prosa e Versos”, começa a partir do dia 9 de julho de 2013 e possivelmente será lançado no dia 29 de setembro, data de aniversário do escritor.

“O poema tem uma porta de entrada e infinitas de saídas, mas bom mesmo seria se pudéssemos permanecer viajando por ele.”- Miguel Canguçu.


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Em contato com a literatura



Texto: Cleidiane Duarte e Hellen Silva 
Foto: Carlos Frois / Divulgação

Graciliano Ramos também foi escolhido pelos jovens.


Graciliano Ramos de Oliveira, mais conhecido como Graciliano Ramos, nasceu em Quebrangulo aos 27 de outubro de 1892 e faleceu no Rio de Janeiro em 1953. Foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido por seu livro Vidas Secas (1938).












A grande responsabilidade ficou para a dupla Hellen Silva e Suelen Rüdiger. As meninas mostraram que são capazes.





O trabalho de Graciliano Ramos é reunido basicamente em suas três obras Primas:
São Bernardo, romance que conta a história de um fazendeiro rico e amargurado, que não sabe o que é a amizade e o amor, e aos 50 anos resolve escrever uma biografia de sua vida monótona.



Vidas Secas, romance que conta a difícil história de uma família de retirantes nordestinos, que lutam contra as dificuldades da vida na seca do Nordeste brasileiro.




E o livro Angústia, retratando a vida de um funcionário público e escritor frustrado, que por ciúmes de um colega de trabalho comete um crime passional.




Frases de Graciliano Ramos que ficaram na história:
"Se a igualdade entre os homens, que busco e desejo, for o desrespeito ao ser humano, fugirei dela."


"É fácil livrar-se das responsabilidades. Difícil é escapar das consequências por se ter livrado delas."


"O fim é a oportunidade do recomeço"


Amar é admirar a pessoa amada, é fazer-se presente a cada momento, é se dar por inteiro. Amar é embriagar-se de felicidade.”